[Review] Avatar: Frontiers of Pandora encanta com visual deslumbrante, mas tropeça em bugs e falhas técnicas
A beleza de Avatar e a narrativa cativante não conseguem compensar os problemas de desempenho e a frustração causada pelos bugs recorrentes no modo performance.
Avatar: Frontiers of Pandora entrega beleza e diversão na mesma medida em que é ofuscado por problemas e bugs no modo performance. E justo na semana em que mais defendi seus jogos, a UBISOFT me mostra que continua dificultando até mesmo a vida de quem gosta de forma genuína de seus jogos.
História / Enredo
Direto ao ponto, você é um Na'vi, habitante nativo da lua de Pandora. Uma espécie de humanoide gigante e azul. Você se encontra num acampamento para treinar a população local nos costumes humanos.
O diretor do local, o implacável Mercer é um maníaco de primeira e numa situação de desespero, você se vê em fuga desse lugar e solto novamente em seu planeta nativo, mas sem conhecer de fato quem você é e seu legado.
A história tem grandes momentos e lições belíssimas sobre meio ambiente. É notável o carinho na interação com outros povos e a maneira como você vai interagindo com humanos e Na'vi. A campanha é agradável e cumpre seu papel. Não espere filmes cheios de interpretações ou plot twists exagerados. Aqui, o simples e direto funcionam MUITO BEM.
Gráficos e ambientação
A primeira coisa a te fazer abrir um sorriso no jogo são os gráficos. Da fauna e flora vivíssimas ao sistema de caça para sobrevivência, nada deixa a desejar. Explorar a mata atrás de cogumelos, frutas e carne de animais mais raros é divertido e engajante.
Pandora é um dos mundos mais belos que você vai visitar nessa geração e, como sempre, UBISOFT mandando MUITO BEM em ambientação e criação de universos. Todas as regiões são no mínimo belíssimas, mas a região de Prado Alto é onde o modo foto mais brilhou na minha experiência. NPCs e inimigos bem desenhados e todos com uma boa atuação de vozes.
Seu personagem também traz um nível satisfatório de personalização que irá agradar a maioria dos jogadores.
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Sonografia / Efeitos sonoros
A primeira coisa que eu vou pedir a você, leitor, é usar um fone. Pandora e seu vasto bioma clamam por isso. Do barulho de cascatas ao fundo enquanto um animal hostil ruge. A serenidade da noite com os sons de um povoado próximo. Avatar é um primor técnico nesse quesito também. Suas composições temáticas e de luta engrandecem a obra como um todo. Uma pena terem reduzido muito esses momentos onde somos agraciados com a trilha sonora. Talvez minha única crítica a esse setor.
Jogabilidade / Exploração e mundo aberto
Aqui o jogo oscila um pouco. Ainda que certas missões reservem grandes momentos, a maioria das secundárias para se obter mais habilidades são repetidas ao extremo. Mate X números de tal animal. Tome um posto. Junte tais recursos. O jogo acerta na qualidade da campanha, mas em dado momento sentimos que muitas dessas atividades servem apenas para justificar seu mundo vasto e intrigante.
A jogabilidade é a de um FPS comum no mercado. Destaque para o contraste de usar arcos e ferramentas improvisadas de Pandora contra o avanço tecnológico dos rifles de assalto e escopetas dos humanos. Entender como usar as munições especiais em determinadas situações também se prova divertido.
Há o sistema de níveis mais uma vez, e aqui funciona relativamente bem. O sistema de raridades para itens tem uma função interessante: o sistema dinâmico de dia e noite e até mesmo chuva ou tempo seco afetam a qualidade dos itens, colocando camadas na exploração. Ponto para a Ubisoft.
Pontos fracos e problemas: UBISOFT sendo UBISOFT.
Você que leu minha crítica até aqui deve estar se perguntando porque darei a nota técnica que vou dar, mesmo rasgando elogios, não é mesmo? Sua resposta virá nesse último quesito: Bugs, crashes violentos no PS5 no modo performance e um menu predatório cheio de features que eu não queria saber.
A Ubisoft buga até mesmo no Connect, seu serviço de bajulação a seus fãs mais aficionados. O surpreendente é que até mesmo em jogos que já funcionam muito bem, não há opção de tirar seus pop-ups invasivos do HUD do jogo.
Save em nuvem é um desastre no modo performance. Diversas vezes ele congela o jogo, e a cada 20 minutos o jogo congelava. O golpe final: Travar meu acesso à bancada na missão final, onde um bug fazia meu personagem ficar em terceira pessoa. A solução? Sair para o menu e tentar novamente.
Os bugs são comuns em todas as plataformas e seus relatos são recorrentes. Um jogo que receberia 4 castelos de 5, terá que se contentar com 3 e meio. Porque a Ubisoft, empresa meme por entregar jogos com aspecto duvidoso no que tange a controle de qualidade, conseguiu mais uma vez se superar.
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Bruno Castelar
PSN: Sr-SuaMae
Fã de videogames. Joga no Playstation mas cresceu jogando em todas as plataformas possíveis. Indies são tão bons quanto AAA, Resident Evil 4 Remake é meu GOTY pessoal de 2023. Jogo de tudo um pouco a exceção RPG's de turno.