Dragon’s Dogma e Elden Ring: A magia da descoberta e como a indústria pode aprender com essas franquias

Por que Elden Ring e Dragon’s Dogma conquistam fãs com seu estilo de exploração livre e desafios constantes.

 Dragon’s Dogma e Elden Ring: A magia da descoberta e como a indústria pode aprender com essas franquias

Eu estava perdido. Não sabia o que fazer. Empaquei. Pra onde devo ir? O mapa diz que estou no caminho certo. Preciso de um item, uma espécie de chave pra prosseguir nessa missão. Nossa, um castelo imponente tomado por lagos de chamas? Como assim tem um carroça com chamas azuis muito suspeita que só é avistada a noite num período onde carroças não costumam viajar? Sim, jogar Elden Ring e Dragon’s Dogma é SEMPRE questionar o que fazer e se preparar a todo o momento e isso foi fantástico.

Muitos de vocês já estão acostumados a jogos que simplesmente pegam na sua mão e te guiam pelo mapa com inúmeros pontos de interesse. Uma interrogação, uma fumaça estranha ao horizonte, um indicativo laranja ou branco onde escalar. Não é novidade e já são parte do mundo dos videogames a familiaridade através de sinais ou indicadores de missões. É foi justamente seguindo o oposto, nadando contra a maré que Dragon’s Dogma e Elden Ring conquistam cada vez mais admiradores e pedidos por mais jogos feitos dessa maneira no mercado.

Enquanto muitos elogiam o combate e ambientação dessas obras esse detalhe pode até te passar despercebido, mas, são parte dessas experiências. Após a primeira hora de estranheza e adaptação somos tragados pela curiosidade e vontade de aprender.


VOCÊ TAMBÉM PODE SE INTERESSAR


Em Elden Ring, nunca esquecerei quando relutantemente fui explorar caelid um pouco cedo. Apanhei, lutei e consegui alguns itens e evoluir bem meu personagem. Minutos antes, após perder mais de 10 vezes seguidas para o primeiro chefe grande o FAMIGERADO Margit, finalmente senti algum progresso. Voltei, e o venci valorosamente de primeira. Em Dragon’s Dogma, numa aventura noturna me deparei com um inimigo forte e implacável. Como derrotar? Não sei ainda, logo fugi após meus peões morrerem e eu correr pela vida num ambiente noturno, nocivo e perigoso. Não o esqueci, como assim vou ser humilhado dessa maneira? E por outras 50 horas evolui meu personagem e cacei este inimigo com um rancor implacável e descobri que ele era fraco contra classes guerreiras através de observação e timing de seus movimentos. Venci. Coração disparado e 11.000 pontos de experiência depois continuei vivenciando momentos épicos como esse durante toda a obra: Um templo escondido numa floresta se mostrava como o lar de um monstro fortíssimo e um missão com um personagem misterioso se escondia no topo de uma montanha nebulosa. Em Elden Ring, dois amuletos improváveis abriam um caminho novo por um elevador estranhamente familiar. Com uma nova região desbravada me deparo com Maleenia, a famigerada e tão árdua batalha de chefe de Elden Ring. Um deles, o mais inusitado, escondido num pote em um vilarejo afastado.

Todos esses momentos foram intrinsicamente causados pela minha curiosidade. Muitas outras, logicamente OPCIONAIS, eu não quis me aprofundar e fiquei satisfeito do jogo não me obrigar a fazê – las. Porém, como negar uma interação tão gentil como a de um elfo que pede um arco para meu guerreiro num mercado aleatório da cidade? Transformar um encontro atípico em uma jornada fantástica por uma floresta e uma aliança com esse povo tão recluso foi tão divertido quanto inesperado. E devo dizer que a linha de missões que vieram foram igualmente divertidas.

Na opinião humilde deste escritor e amante de jogos, algumas obras poderiam aprender com Elden Ring e Dragon’s Dogma. Não que eu não goste as vezes de relaxar e seguir um caminho previamente indicado mas a resposta pra esse ostracismo e senso comum nos videogames é justamente esse: Não subestimar o jogador e nos presentear ao mesmo tempo com momentos como os que vivi nesses jogos tão queridos pela comunidade.

Inscreva-se no canal Geek TV, o canal oficial do Geek Fusion no YouTube e acompanhe nossos conteúdos e produções de parceiros. Siga-nos também no Facebook, Instagram e X, para ficar por dentro das novidades que preparamos especialemnte para você!

Tem uma dica de notícia ou quer entrar em contato conosco diretamente? Então faça contato através do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

_img-bruno-castelar.jpg
Bruno Castelar
PSN: Sr-SuaMae

Fã de videogames. Joga no Playstation mas cresceu jogando em todas as plataformas possíveis. Indies são tão bons quanto AAA, Resident Evil 4 Remake é meu GOTY pessoal de 2023. Jogo de tudo um pouco a exceção RPG's de turno.