[Review: Bruno Castelar] Rise of the Ronin: viciante e divertido em meio a altos e baixos
Lançado exclusivamente para PlayStation 5, Rise of the Ronin conta com gameplay viciante, boas atividades secundárias e mundo aberto divertido que salvam a obra marcada também por problemas de performance e gráficos cheios de altos e baixos.
Rise of the Ronin foi lançado em 22 de março exclusivamente para o PlayStation 5. A temática samurai aflorada pelo jogo Ghost of Tsushima me chamou a atenção e decidi dar uma chance. Acompanhei a jornada do Ronin sem nome e sua lâmina gêmea do começo ao fim e posso dizer que é um jogo extremamente divertido mesmo com falhas .
A Team Ninja, estúdio da Koei Tecmo se encarregou da obra. Conhecidos por jogos desafiadores e focados em gameplay, eu sabia que teria que suar pra aprender suas nuances. E ESSA FOI A MELHOR PARTE DO JOGO.
Como diferencial de outros projetos, em Rise of the Ronin você joga com armas ocidentais e orientais. Num Japão em transformação você pode ser um samurai com expertise em sabres europeus e americanos, armas de haste e sabres chineses ou simplesmente um perito em espadas japonesas menores e rifles recém chegados . Tudo pode ser experimentado sem penalidades e sem neura. E são muitos estilos de luta incorporados, cada um deles com seus pontos fortes e fracos. Aqui, a pitada soulslike é a Barra de Ki que controla seus ataques, defesa e as artes marciais (golpes mais fortes com foco em desestabilizar essa mesma barra em inimigos) que aqui funcionam como uma espécie de movimento especial. Ainda puxando bastante e se inspirando em Sekiro, temos um parry chamado de Contrafulgor que visa desestabilizar inimigos e são um show a parte se acertados em sequência . O combate e gameplay são de longe o que mais vão te manter focado no jogo.
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A história e a trama visam colocar você entre facções pró Xogunato, Neutras e Anti-Xogunato. Cada personagem que você interage a exceção de poucos NPCs de atividades secundárias podem ser engajados com presentes ou respostas positivas nos diálogos aumentando a barra de Elo. Há romance, mas ele é completamente terciário e uma opção para passar o tempo e nada mais. Meu único ponto contra a história é simplesmente a fragilidade dessas uniões que causam estranheza ao jogador. Todo mundo quer testar você e a exceção de alguns deles, nem todos são marcantes . O sistema de evolução coloca habilidades funcionais em 4 setores: Força, Destreza, Charme e Inteligência. Todos muito diretos e simples de se entender. Julgo que na primeira meia hora o jogador já estará familiarizado com os sistema do jogo .
O Calcanhar de Aquiles infelizmente como Nioh é a parte gráfica. Pop ins exagerados no mundo (árvores sumindo e aparecendo, construções que vão se materializando do nada) são constantes e a performace pífia variando de 40 – 60 fps no modo performance não ajudam. O modo qualidade travado entrega boa consistência a 30 fps mas honestamente? O jogo parece o mesmo até com Ray Tracing ligado. Não dá pra notar uma vantagem que justifique o jogador modificar o modo gráfico que não o performance. O que pode-se falar bem dos gráficos aqui são as texturas de construções, armas, armaduras e os NPCs. Cada um é bem único e mesmo os mais repetitivos do mundo aberto são mais detalhados que os de Ghost of Tsushima inclusive. Mas há um ponto aqui: É o mínimo que se espera de um jogo da nova geração a preço cheio.
Levei 88 horas pra fazer todas as atividades de jogo e mesmo finalizando a obra ainda tem o modo mais difícil e itens de raridade maior. Eu recomendo Rise of The Ronin para fãs do estúdio, de jogos com dificuldade mais alta e simplesmente se você gosta da temática samurai. Se espera uma obra que usa e abusa de recursos da nova geração, espere uma promoção nos próximos meses.
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Bruno Castelar
PSN: Sr-SuaMae
Fã de videogames. Joga no Playstation mas cresceu jogando em todas as plataformas possíveis. Indies são tão bons quanto AAA, Resident Evil 4 Remake é meu GOTY pessoal de 2023. Jogo de tudo um pouco a exceção RPG's de turno.