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Metal Gear Solid 5: A primeira missão que deixa marcas... e pesadelos!

O lado obscuro de Snake: Enfrente o horror e o sobrenatural no prólogo de The Phantom Pain

Metal

A aterrorizante primeira missão de Metal Gear Solid V: The Phantom Pain é um vislumbre do jogo de terror que Hideo Kojima quase trouxe à vida com Silent Hills. Com sua atmosfera de suspense e elementos sobrenaturais, o “Prólogo: Despertar” se aproxima do que poderíamos ter visto se Kojima tivesse levado seu projeto de horror psicológico até o fim. Esse início tenso é marcado por uma sensação constante de vulnerabilidade, onde Snake, ainda enfraquecido e imobilizado por um coma de quase uma década, luta para sobreviver em meio a soldados hostis e entidades sobrenaturais inexplicáveis.

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Situado após os eventos de Ground Zeroes, o jogo começa com Snake despertando em um hospital em Chipre, seu corpo fragilizado por fragmentos de ossos e estilhaços. A perda de seu braço e a amnésia o deixam em um estado de vulnerabilidade e desorientação, intensificando o horror enquanto o hospital é invadido. Essa abertura lembra o terror psicológico que caracterizou o teaser de Silent Hills — um projeto que, apesar do cancelamento, deixou uma marca profunda na cultura dos games com seu “Playable Teaser” (PT). Assim como PT, a missão inicial de The Phantom Pain brinca com a noção do que é real e o que é imaginado, com cenas que desafiam o senso de realidade do jogador, como o ataque do “Homem em Fogo” e a presença de uma criança psíquica enigmática.

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Conforme Snake luta para escapar do hospital com a ajuda de um paciente misterioso chamado Ishmael, ele se depara com cenas angustiantes que distorcem o que seria uma narrativa comum de sobrevivência. Em uma das sequências mais impressionantes, ele é perseguido por um homem em chamas em um ambiente que mescla o surrealismo com o macabro. A tensão e o pavor ao atravessar corredores sombrios, rastejando enquanto tenta controlar seu corpo debilitado, cria uma sensação de horror real e psicológico, evocando a mesma intensidade aterrorizante que Kojima havia planejado para Silent Hills.

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Se por um lado essa primeira missão parece indicar o que Kojima queria experimentar com o horror, por outro ela também evidencia as habilidades narrativas e atmosféricas do designer, que expandiram seu legado com jogos como Death Stranding. Mas até hoje, o desejo dos fãs por uma criação de horror de Kojima persiste. Seu próximo projeto, “OD,” que terá colaboração de Hunter Schafer e possivelmente influências de Jordan Peele, promete mergulhar no terror psicológico, mas resta saber se poderá trazer a mesma profundidade assustadora vislumbrada em PT.

The Phantom Pain não se resume ao espetáculo de ação; ele explora as capacidades de Kojima em construir uma atmosfera intensa e claustrofóbica. A missão hospitalar carrega o peso do que poderia ter sido um dos jogos de terror mais inovadores de seu tempo. Neste Halloween, revisitar esse começo é experimentar uma versão do terror psicológico de Kojima que talvez nunca mais vejamos. Entre o real e o imaginário, o fantasmagórico e o visceral, essa missão é um tributo ao potencial de Kojima no horror — e uma lembrança do caminho não trilhado.


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Vitor Virtuoso Mendes
FenryrFrost
Sou um nerd violinista, completamente apaixonado por games e contos de terror!