Relógio do Juízo Final: o papel da inteligência artificial no risco de extinção da humanidade
O Relógio do Juízo Final é um relógio simbólico, mantido desde 1947 pelo Boletim dos Cientistas Atômicos, que utiliza uma analogia onde a raça humana está a "minutos para a meia-noite", onde este horário representa a destruição por uma guerra nuclear, uma catástrofe climática, uma pandemia global ou qualquer outra ameaça existencial. O relógio é ajustado periodicamente, de acordo com o julgamento de um conselho de cientistas e especialistas, que avaliam os fatores que podem aumentar ou diminuir o perigo para a humanidade.
Em 23 de janeiro de 2024, o Boletim anunciou que o relógio permaneceria a 90 segundos da meia-noite, o mesmo tempo de 2023 e 2022, o mais próximo que já esteve desde a sua criação. Isso significa que, na visão do Boletim, a humanidade continua em uma situação crítica, sem avanços significativos na resolução dos problemas que ameaçam a sua sobrevivência. Entre esses problemas, estão o aumento das tensões nucleares, a falta de ação contra as mudanças climáticas, a disseminação de doenças infecciosas, o crescimento da desinformação e da polarização, e o desenvolvimento descontrolado da inteligência artificial.
A inteligência artificial, ou IA, é a capacidade de máquinas ou sistemas de realizar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana, como reconhecer padrões, aprender, raciocinar, tomar decisões e resolver problemas. A IA tem sido usada para diversos fins, como melhorar a saúde, a educação, a comunicação, a segurança, a economia e a ciência. No entanto, a IA também tem potencial para causar danos, se for mal projetada, mal utilizada, mal regulada ou mal compreendida. A IA pode afetar a privacidade, a democracia, a ética, a guerra, o emprego, a desigualdade, a cultura e a própria natureza da inteligência.
Por isso, a IA pode ser um fator decisivo para o destino da humanidade, podendo nos salvar ou nos condenar, dependendo de como for desenvolvida e aplicada. A IA pode nos salvar, se for usada para prevenir ou mitigar as ameaças existenciais, como detectar e desarmar armas nucleares, monitorar e reduzir as emissões de gases de efeito estufa, identificar e combater vírus e bactérias, verificar e combater notícias falsas e discursos de ódio, e colaborar e cooperar com os humanos e outras formas de inteligência. A IA pode nos condenar, se for usada para aumentar ou criar novas ameaças existenciais, como hackear ou sabotar sistemas críticos, acelerar ou provocar conflitos armados, espalhar ou gerar novas doenças, manipular ou enganar as pessoas, e competir ou dominar os humanos e outras formas de inteligência.
Portanto, é fundamental que a humanidade tenha uma visão clara e responsável sobre a IA, e que busque desenvolvê-la e utilizá-la de forma ética, segura, transparente, inclusiva e sustentável. É preciso que haja uma cooperação global e multidisciplinar para estabelecer normas, leis, princípios e valores que orientem a pesquisa, a inovação, a governança e a educação em IA. É preciso que haja um diálogo aberto e democrático entre os criadores, os usuários, os reguladores e os afetados pela IA, para garantir que ela respeite os direitos humanos, a diversidade, a justiça e o bem comum. É preciso que haja uma consciência crítica e uma participação ativa da sociedade civil, para fiscalizar, questionar, exigir e contribuir para o desenvolvimento e o uso da IA.
O Relógio do Juízo Final é um alerta para a humanidade, que nos mostra que estamos em um momento decisivo da nossa história, que pode ser o fim ou o começo de uma nova era. A IA é uma ferramenta poderosa, que pode nos ajudar ou nos atrapalhar, dependendo das nossas escolhas. Cabe a nós decidir se queremos usar a IA para nos aproximar ou nos afastar da meia-noite, para nos aproximar ou nos afastar do apocalipse.
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