A plataforma de publicação online Substack tem sido criticada por hospedar e financiar autores que promovem ideologias nazistas e supremacistas brancas.
A plataforma de publicação online Substack tem sido criticada por hospedar e financiar autores que promovem ideologias nazistas e supremacistas brancas. Em uma entrevista recente, o cofundador da Substack, Hamish McKenzie, afirmou que não irá remover ou desmonetizar esses autores, alegando que isso seria uma forma de censura. Ele disse que a melhor maneira de combater as "más ideias" é expô-las ao escrutínio público e ao debate.
A Substack é uma empresa que permite que qualquer pessoa crie e monetize newsletters por meio de assinaturas pagas. A empresa afirma que não edita nem controla o conteúdo dos autores, e que apenas fornece as ferramentas técnicas para a publicação. A Substack também oferece acordos financeiros especiais para alguns autores selecionados, pagando-lhes adiantamentos ou garantindo uma renda mínima por um período de tempo.
Entre os autores que recebem esses benefícios da Substack, há vários que são conhecidos por defender ou simpatizar com o nazismo e o supremacismo branco. Por exemplo, Curtis Yarvin, também conhecido como Mencius Moldbug, é um dos principais expoentes do neorreacionarismo, uma corrente política que defende o retorno de formas autoritárias e hierárquicas de governo, baseadas em raça, gênero e religião. Outro exemplo é Andrew Sullivan, um jornalista conservador que já escreveu artigos elogiando o livro "The Bell Curve", que defende a existência de diferenças de inteligência entre grupos raciais.
Esses autores têm gerado controvérsia e indignação entre outros escritores, leitores e ativistas, que acusam a Substack de ser cúmplice e lucrar com a propagação do ódio e da desinformação. Eles pedem que a empresa remova ou desmonetize esses autores, ou pelo menos deixe de oferecer-lhes incentivos financeiros.
No entanto, a Substack se recusa a tomar essas medidas, argumentando que isso violaria a liberdade de expressão dos autores. Em uma entrevista ao site Vox, o cofundador da Substack, Hamish McKenzie, disse que a empresa não tem a intenção de ser um árbitro da verdade ou da moralidade, e que confia nos leitores para decidirem o que querem ler e apoiar. Ele disse que acredita que as "más ideias" devem ser confrontadas com "boas ideias", e não com silenciamento ou cancelamento.
McKenzie também disse que a Substack não é responsável pelo impacto social ou político do conteúdo dos autores, e que não se considera uma empresa de mídia, mas sim uma empresa de tecnologia. Ele comparou a Substack a um fabricante de canetas, dizendo que não cabe à empresa controlar o que as pessoas escrevem com elas.
Essa posição da Substack tem sido criticada por muitos que consideram que a empresa está sendo hipócrita e covarde, ao se esquivar de sua responsabilidade social e ética como uma plataforma de comunicação influente. Eles argumentam que a Substack não está apenas fornecendo canetas, mas também pagando algumas pessoas para escreverem coisas específicas com elas. Eles também afirmam que a liberdade de expressão não é um direito absoluto, e que existem limites legais e morais para o que se pode dizer ou publicar sem consequências.
A polêmica em torno da Substack revela os dilemas e desafios enfrentados pelas plataformas digitais na era da informação. Como equilibrar a liberdade de expressão com o respeito aos direitos humanos? Como lidar com as fake news e as teorias da conspiração? Como promover o diálogo e a diversidade sem alimentar o ódio e a polarização? Essas são questões complexas e urgentes, que exigem reflexão crítica e participação cidadão.
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