Elon Musk processa OpenAI por traição e acusa empresa de se vender para a Microsoft
O bilionário Elon Musk, que cofundou a OpenAI em 2015 com a visão de criar uma inteligência artificial (IA) que pudesse beneficiar a humanidade, entrou com uma ação judicial contra a empresa e seu CEO, Sam Altman, alegando que eles desviaram do propósito original da organização e se tornaram uma subsidiária da Microsoft, sua maior investidora.
O processo, movido na quinta-feira (29) em um tribunal de San Francisco, nos Estados Unidos, afirma que a OpenAI violou o acordo fundador que estabelecia que a empresa seria uma organização sem fins lucrativos e que sua tecnologia seria de código aberto, ou seja, acessível e modificável por qualquer pessoa. Segundo o processo, a OpenAI abandonou esses princípios e passou a priorizar o lucro e o monopólio sobre a IA, em detrimento do benefício da humanidade.
A principal evidência dessa mudança, segundo o processo, é o modelo GPT-4, o mais avançado sistema de IA da OpenAI, capaz de gerar textos, imagens, códigos e outros conteúdos a partir de qualquer entrada. O processo alega que a OpenAI manteve o design do modelo GPT-4 em segredo absoluto, sem compartilhá-lo com a comunidade científica ou com o público, e que essa decisão foi motivada principalmente por interesses comerciais, não por questões de segurança.
O processo também acusa a OpenAI de ter feito um acordo exclusivo com a Microsoft, que investiu US$ 1 bilhão na empresa em 2019, para fornecer o modelo GPT-4 como um serviço em sua plataforma de nuvem Azure. Com isso, a OpenAI teria se tornado uma empresa dependente e subordinada à Microsoft, que passou a ter o controle e a propriedade de fato do modelo GPT-4, que é considerado um dos mais poderosos e valiosos algoritmos de IA do mundo.
O processo ainda afirma que a OpenAI está usando o modelo GPT-4 para "maximizar os lucros" em vez de "para o benefício da humanidade", e que isso representa uma ameaça para o futuro da humanidade, pois pode levar a uma IA maliciosa, autoritária ou superinteligente, que possa escapar do controle humano e causar danos irreversíveis.
O processo pede que a OpenAI seja obrigada a cumprir o acordo fundador, tornando o modelo GPT-4 de código aberto e disponível para todos, e que a Microsoft seja proibida de usar o modelo GPT-4 para qualquer fim que não seja o benefício da humanidade. O processo também pede uma indenização por danos morais e materiais, cujo valor não foi especificado.
A OpenAI e a Microsoft não se pronunciaram sobre o processo até o momento. Elon Musk, que deixou o conselho da OpenAI em 2018, disse em seu Twitter que o processo é "uma questão de princípio" e que ele espera que a OpenAI "retorne à sua missão original". Musk também é o fundador e CEO da Tesla, da SpaceX e do X, e é considerado um dos maiores visionários e inovadores da atualidade.
A OpenAI é uma empresa de pesquisa em IA que foi fundada em 2015 por um grupo de empreendedores, cientistas e ativistas, incluindo Elon Musk, Sam Altman, Greg Brockman, Peter Thiel, Reid Hoffman, entre outros. A empresa tem como objetivo criar uma IA que possa beneficiar a humanidade, sem ser limitada ou controlada por interesses corporativos ou governamentais. A empresa é conhecida por seus projetos de IA de ponta, como o ChatGPT, o Copilot, o DALL-E, o Codex, entre outros.
O modelo GPT-4 é o mais recente e avançado sistema de IA da OpenAI, que usa redes neurais profundas para gerar conteúdos a partir de qualquer entrada. O modelo GPT-4 é capaz de aprender com bilhões de dados da internet, como textos, imagens, vídeos, áudios, códigos, etc., e de produzir conteúdos similares ou relacionados, como artigos, poemas, histórias, desenhos, músicas, programas, etc. O modelo GPT-4 é considerado um dos mais poderosos e versáteis algoritmos de IA do mundo, e tem diversas aplicações potenciais em áreas como educação, entretenimento, comunicação, negócios, saúde, etc.
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Vitor Virtuoso Mendes
FenryrFrost
Sou um nerd violinista, completamente apaixonado por games e contos de terror!
