A greve de tecnologia do New York Times está sacudindo o mundo dos jogos digitais
Grevistas do New York Times pedem ação concreta dos jogadores de Wordle
Em meio a uma crescente disputa trabalhista, trabalhadores de tecnologia do New York Times entraram em greve e pediram aos jogadores do popular jogo de palavras Wordle que parem de jogar em solidariedade aos seus esforços. A greve, liderada pelo Times Tech Guild (o sindicato da equipe de tecnologia da empresa), destaca uma série de questões trabalhistas, com foco principal nas condições de trabalho remoto, proteções de "causa justa" — uma cláusula que a redação do Times já possui — e exigências por uma "equidade salarial" e "salários justos" para seus membros.
A disputa gira em torno de uma negociação contratual em andamento, com os trabalhadores buscando melhores garantias de trabalho e compensação. Em um comunicado, o presidente da unidade Times Tech Guild, que também ocupa o cargo de gerente sênior de análise, expressou frustração com a postura da administração do New York Times. "Nosso sindicato e o comitê de negociação fizeram todo o possível para evitar essa greve da ULP (Unfair Labor Practice, ou Prática Trabalhista Ilegal)", disse o representante. "Mas a gerência está mais disposta a arriscar nossa cobertura eleitoral do que concordar com um acordo justo com seus trabalhadores."
Em resposta, a porta-voz do New York Times, Danielle Rhoades Ha, afirmou em uma declaração que a administração está comprometida em continuar as negociações. "Estamos ansiosos para continuar trabalhando com o Tech Guild para chegar a um contrato justo que leve em consideração que eles já estão entre os colaboradores individuais mais bem pagos da empresa e o jornalismo é nossa maior prioridade", disse ela. Ha também ressaltou que a cobertura de notícias está em um período crítico, e que a empresa tem planos sólidos para garantir que a missão do jornal seja cumprida, apesar da greve.
Como parte da greve, o Times Tech Guild pediu uma ação simbólica de apoio dos jogadores do Wordle. A hashtag #BreakMyStreak ganhou força nas mídias sociais, incentivando os fãs do jogo a interromper sua sequência diária de vitórias como forma de demonstrar solidariedade aos trabalhadores em greve. O Wordle, que foi adquirido pelo New York Times em 2022, tem milhões de jogadores diários, e a greve dos trabalhadores de tecnologia foi vista como uma forma de chamar atenção para as condições de trabalho da equipe técnica, cujos membros são responsáveis por manter e atualizar os jogos, incluindo o Wordle.
Além do Wordle, o New York Times também publica uma série de outros jogos de quebra-cabeça gratuitos, o que tornou a interrupção das atividades dos jogos ainda mais significativa para os leitores e jogadores. Ao pedirem que os jogadores interrompam suas atividades no jogo, os grevistas buscam chamar atenção para questões que afetam diretamente seu trabalho e os direitos dos trabalhadores dentro da empresa.
A greve no New York Times não é um caso isolado. Nas últimas décadas, questões relacionadas ao trabalho remoto, salários e condições de trabalho justas têm se tornado cada vez mais prevalentes no setor de tecnologia, com sindicatos buscando maior reconhecimento e melhores condições de trabalho para os funcionários da indústria. O Times Tech Guild tem sido uma voz ativa nesses debates, defendendo melhores benefícios, mais transparência salarial e maior estabilidade para os trabalhadores da tecnologia.
Por outro lado, a greve também reflete um momento crítico para o New York Times, que está enfrentando uma pressão crescente para manter sua relevância no mercado de notícias digitais enquanto lida com questões internas de trabalho. A administração tem se mostrado disposta a continuar as negociações, mas ainda não há um acordo firmado, e o resultado dessa disputa pode ter implicações significativas para a relação entre jornalistas, trabalhadores de tecnologia e a gerência da empresa.
Enquanto a greve continua, a atenção de muitos jogadores de Wordle e observadores da mídia estará voltada para os próximos passos dessa negociação e a reação da empresa frente à crescente mobilização dos trabalhadores.
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Vitor Virtuoso Mendes
FenryrFrost