Além dos Super-Heróis: A humanidade dos 'X-Men ‘97’

“X-Men '97” não era apenas uma série sobre super-heróis; era uma série sobre pessoas. Era sobre a luta mutante, a luta pela existência e aceitação em um mundo que constantemente os rejeita. Os X-Men, criados na década de 60, tornaram-se um símbolo poderoso de luta pelos direitos civis e, com o passar dos anos, adaptaram-se para representar qualquer minoria ou grupo marginalizado que enfrenta opressão.

A série de revival do Disney Plus, “X-Men '97”, mergulhou profundamente nesse campo de batalha existencial, apresentando uma gama de antagonistas que desafiaram os mutantes de maneiras filosóficas e ideológicas. Bastion, o antagonista da temporada, personifica a ideia de que a tolerância levaria à extinção da humanidade, refletindo a retórica da extrema direita moderna que incita medo e ansiedade diante das mudanças demográficas.

A série foi repleta de debates internos sobre como lidar com o ódio e a intolerância, mostrando os personagens não apenas como super-heróis, mas como indivíduos lidando com a dor e o cansaço de serem eternamente odiados e temidos. A série destacou a tragédia central dos X-Men: a luta constante pela simples existência.

“X-Men '97” foi uma série que manteve a essência de sua origem, ao mesmo tempo em que se mostrou relevante e vital para o público moderno. Ela ressoou com a dor e a luta das pessoas, tornando-se mais do que uma série de super-heróis, mas um espelho da luta contínua contra a opressão e pela aceitação.