Nova pesquisa revela de onde veio a rocha que dizimou os dinossauros

Será que finalmente descobrimos de onde veio o asteroide que acabou com os dinossauros?

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Se você está lendo isto, é porque um evento catastrófico pôs fim ao reinado dos dinossauros, que dominaram a Terra por mais de 150 milhões de anos. O que abriu caminho para a ascensão dos mamíferos, e eventualmente da humanidade, foi provavelmente um asteroide, cuja origem até hoje permanecia um mistério. No entanto, uma nova pesquisa pode ter dado um grande passo para desvendar esse enigma. De acordo com um estudo publicado recentemente na revista Science, esse asteroide pode ter vindo de uma região além de Júpiter, carregando traços de estrelas que existiram antes mesmo do Sol.

O asteroide, com cerca de 15 quilômetros de diâmetro, colidiu com a Terra há aproximadamente 66 milhões de anos, atingindo a região que hoje corresponde ao Golfo do México. O impacto foi devastador, gerando tsunamis globais, terremotos e incêndios florestais. A Terra foi envolvida por uma pluma de poeira que bloqueou a luz solar, interrompendo a fotossíntese e causando a extinção em massa de cerca de 60 a 70% das espécies, incluindo todos os dinossauros não aviários.

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Essa nuvem de poeira não só resistiu ao tempo, como também preservou "pegadas" químicas de elementos que se formaram em estrelas muito mais antigas que o nosso Sistema Solar. Um desses elementos é o rutênio, um raro metal do grupo da platina, que foi encontrado no limite Cretáceo-Paleogeno (K-Pg), uma fina camada de resíduos que marca a transição entre as rochas repletas de fósseis de dinossauros e aquelas do período seguinte, quando a vida na Terra começava a se recuperar.

A assinatura isotópica do rutênio encontrada no limite K-Pg é consistente com dois tipos específicos de meteoritos primitivos conhecidos como condritos carbonáceos, que se originaram nas regiões externas do Sistema Solar, além da órbita de Júpiter. Essa descoberta sugere que o asteroide que causou a extinção dos dinossauros não era um objeto comum do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, mas sim um visitante de regiões mais distantes.

A hipótese é que, por acaso ou pela influência gravitacional dos planetas gigantes, esse asteroide foi desviado para uma rota de colisão com a Terra, desencadeando um dos eventos mais significativos na história do nosso planeta.

O rutênio, encontrado em asteroides formados nas regiões mais frias e distantes do Sistema Solar, é extremamente raro na superfície terrestre. Quando o asteroide atingiu a Terra, criando a cratera de Chicxulub, esse elemento sobreviveu ao impacto, permitindo que cientistas como Mario Fischer-Gödde, da Universidade de Colônia, identificassem sua presença em amostras coletadas na Espanha, Dinamarca e Itália.

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"Os ambientes terrestres não alterariam essa assinatura isotópica", explica Fischer-Gödde. "O rutênio é robusto porque foi forjado dentro de estrelas antigas e resistiu à força do impacto que criou a cratera de Chicxulub."

Com um diâmetro estimado entre 10 e 15 quilômetros, o asteroide liberou uma enorme quantidade de energia ao colidir com a Terra, vaporizando tanto a si mesmo quanto toneladas de rocha terrestre no local do impacto. A poeira resultante se espalhou por todo o mundo, bloqueando o Sol e provocando um colapso na cadeia alimentar global.

Embora existam outras teorias sobre a extinção dos dinossauros, como o vulcanismo nas Armadilhas de Deccan, na Índia, Fischer-Gödde destaca que a hipótese do asteroide é difícil de ignorar. "Os dinossauros estavam no topo da cadeia alimentar. Só com o desaparecimento deles é que tivemos a oportunidade de fazer esta chamada pelo Zoom hoje."


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Vitor Virtuoso Mendes
FenryrFrost
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