Fusão nuclear dà um grande salto com campo magnético recorde!
Novos ímãs supercondutores impulsionam a fusão nuclear para mais perto da realidade
Campo magnético recorde aproxima a viabilidade da fusão nuclear como fonte de energia limpa e abundante.
Um experimento de fusão nuclear na Universidade de Wisconsin-Madison (UW-Madison) alcançou um marco importante ao gerar o campo magnético estável mais forte já registrado para confinar um plasma. Essa conquista abre caminho para reatores de demonstração que prometem produzir mais energia do que consomem, representando um passo crucial para a viabilização da fusão nuclear como fonte de energia limpa e abundante.
O experimento WHAM da UW-Madison utilizou ímãs supercondutores de alta temperatura desenvolvidos pela Commonwealth Fusion Systems (CFS), uma startup pioneira na indústria de fusão. Esses ímãs, entregues ao WHAM no início deste mês, geraram um campo magnético de 17 tesla, mais do que o dobro da potência dos scanners de ressonância magnética de alta resolução.
A força do campo magnético é crucial para a fusão nuclear, pois confina o plasma quente e turbulento que é necessário para a reação de fusão. Cada duplicação da força do campo magnético aumenta a produção de energia do reator em 16 vezes, tornando a viabilidade da fusão nuclear mais próxima.
O WHAM opera há alguns anos, mas este foi o primeiro experimento a utilizar os novos ímãs da CFS. O recorde anterior era detido pelo reator experimental Alcator C-Mod do MIT, demonstrando a colaboração contínua entre diferentes instituições de pesquisa na área da fusão nuclear.
A Realta Fusion, empresa desmembrada do WHAM em 2022, trabalha em estreita colaboração com a equipe da UW-Madison para desenvolver reatores que utilizam campos magnéticos poderosos para confinar o plasma. A Realta está focada em um design de espelho magnético, enquanto a CFS trabalha em um design tokamak.
O WHAM servirá como banco de testes para o design do reator espelho da Realta. Após a obtenção de dados suficientes, a Realta construirá o reator de demonstração Anvil, previsto para ser concluído no final desta década. O Anvil será maior que o WHAM e permitirá testar diferentes materiais em um ambiente de reator em funcionamento.
Após o Anvil, a Realta planeja construir o Hammer, uma evolução do design que utiliza dois ímãs em cada extremidade do reator. Isso permitirá a construção de reatores mais longos e, consequentemente, com maior capacidade de produção de energia.
O experimento WHAM e os planos da Realta Fusion representam um avanço significativo na busca por energia limpa e abundante. A fusão nuclear tem o potencial de revolucionar a forma como geramos energia, e esses projetos nos aproximam cada vez mais dessa realidade.
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Vitor Virtuoso Mendes
FenryrFrost