Projeto Nimbus: O contrato controverso que levou a demissões no Google
Executivos do google ignoram preocupações sobre contrato com Israel
O Google tomou uma decisão drástica ao demitir 28 funcionários após um protesto prolongado nos escritórios da empresa em Sunnyvale e Nova York. Os funcionários estavam protestando contra o Projeto Nimbus, um contrato de computação em nuvem de US$ 1,2 bilhão assinado pelo Google e pela Amazon com o governo israelense e seus militares há três anos.
O projeto tem sido alvo de controvérsia, pois supostamente fornece a Israel o conjunto completo de inteligência artificial e tecnologia de aprendizado de máquina do Google Cloud. Além disso, o contrato tem estipulações que impedem o Google e a Amazon de ceder à pressão de boicote, o que efetivamente os obriga a continuar prestando serviços a Israel, independentemente das circunstâncias.
Os funcionários do Google protestaram e criticaram publicamente o contrato desde 2021. No entanto, à medida que o conflito Israel-Palestina continua a aumentar, a agitação se espalhou para as forças de trabalho de empresas consideradas não apenas como estando a ajudar Israel, mas também lucrando ativamente com o conflito.
Os manifestantes foram além das manifestações tradicionais e entraram nos edifícios, incluindo o escritório do CEO do Google Cloud, Thomas Kurian. Nove funcionários do Google foram presos e removidos à força dos escritórios da empresa.
Em uma declaração, Hasan Ibraheem, um engenheiro de software do Google que participou do protesto em Nova York, afirmou que o Google está “diretamente implicado no genocídio do povo palestino” ao fornecer infraestrutura de nuvem e IA para os militares israelenses. Ele expressou sua responsabilidade em fazer tudo o que puder para rescindir o contrato e destacou que muitos trabalhadores não estão cientes do acordo e das implicações éticas envolvidas.
A situação também envolveu uma tentativa de falar com Thomas Kurian, mas o pedido foi negado pelos executivos do Google. A empresa ignorou preocupações sobre a responsabilidade ética e os danos à saúde e segurança no local de trabalho causados pelo contrato.
Este protesto destaca a crescente conscientização e pressão sobre empresas de tecnologia em relação a seus contratos e envolvimento em questões geopolíticas sensíveis.
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Vitor Virtuoso Mendes
FenryrFrost