Elon Musk acusado de lucrar com tragédia, enquanto estudo descobre que X recompensa o ódio

Elon Musk, o magnata da tecnologia conhecido por suas aquisições audaciosas e liderança em empresas como SpaceX e Tesla, encontrou-se no centro de uma nova controvérsia. Desta vez, o foco está no X, anteriormente conhecido como Twitter, e nas acusações de que a plataforma está recompensando discursos de ódio.

O Center for Countering Digital Hate (CCDH), uma organização sem fins lucrativos dedicada à pesquisa antiódio, lançou um estudo que aponta para um aumento no alcance e engajamento de contas que promovem discursos de ódio no X. O relatório sugere que desde a aquisição de Musk, houve uma mudança política que não apenas permite, mas também incentiva e monetiza o discurso de ódio.

O estudo analisou dez contas que aderiram ao X Premium e que publicaram conteúdo antijudaico e/ou antimuçulmano em meio ao conflito Israel-Gaza que começou em 7 de outubro de 2023. Essas contas, algumas das quais já estavam envolvidas na disseminação de teorias da conspiração sobre a COVID-19, viram um crescimento significativo em seguidores e engajamento após postar conteúdo odioso relacionado à guerra.

Musk, que reverteu várias proibições de contas notórias sob sua gestão no X, é acusado pelo CCDH de adotar uma estratégia deliberada para lucrar com a tragédia. A organização alega que Musk está abraçando contas que disseminam ódio e configurando a plataforma de uma maneira que permite que esses usuários capitalizem o conflito e o sofrimento humano.

A controvérsia levantada pelo estudo do CCDH ressalta a complexidade da governança de plataformas de mídia social e o equilíbrio entre liberdade de expressão e responsabilidade social. Enquanto o X não respondeu imediatamente ao relatório, a discussão em torno das políticas de Musk e seu impacto no discurso online continua a gerar debates acalorados.

As acusações contra Elon Musk e o X destacam um dilema ético e social em curso no mundo digital. À medida que a linha entre a liberdade de expressão e o discurso de ódio se torna cada vez mais tênue, a responsabilidade das plataformas de mídia social e de seus líderes está sob escrutínio público. O desafio permanece em criar um ambiente online que promova a expressão saudável sem sacrificar a segurança e o respeito mútuo.