[Review: Lincoln Takeuti] Indika, o jogo da freira que vai mexer com sua cabeça

[Review: Lincoln Takeuti] Indika, o jogo da freira que vai mexer com sua cabeça

Em Indika, você controla uma freira, em um jogo que mistura terror psicológico e narrativa intensa. Mas será tudo isso mesmo?

[Review: Lincoln Takeuti] Indika, o jogo da freira que vai mexer com sua cabeça

Quando você imaginou que teriamos um jogo que fosse possível controlar uma freira? Pois é, eu sempre gostei de freiras em obras do cinema e agora temos um jogo dedicado especialmente a uma freira. Desenvolvido pela Odd Meter e publicado pela 11 bit studios, Indika é um game diferente do que estamos acostumados a ver, tive uma experiência incrível e vou dividir com vocês (SEM SPOILERS).

História

Indika é um jogo onde conta a história de uma jovem freira que se chama, Indika, olha que legal. Ambientado na Rússia, o game tem uma temática religiosa, onde nos controlamos a freira Indika em um mundo doentio, bizarro e macabro. Se você gosta de narrativas pesadas e intensas, se prepare, esse jogo tem um dos finais mais sombrios que já presenciei jogando.

Campanha MUITO curta

[Review: Lincoln Takeuti] Indika, o jogo da freira que vai mexer com sua cabeça

Algo que já faço questão de dizer no início da review: a campanha é MUITO curta! Eu levei cerca de 5 horas pra zerar e ao total foram 8 horas pra finalizar o 100% das conquistas. Então quero deixar isso bem claro no começo da análise pois muitas pessoas levam em conta (não estão erradas) o tempo de campanha na hora de decidir comprar ou não um jogo.

Gameplay

Já digo logo de imediato: NÃO existe combate em Indika. Não espere que você vai desbloquear uma handgun ou uma shotgun e sair dando tiro pra todo lado com a freira maluca, esquece isso. O game tem foco total na narrativa e isso causa impacto na gameplay, que prioriza a resolução de puzzles. Eu particularmente AMO jogos de narrativa e não me incomodo com falta de combate. Indika é bem simples nesse aspecto.

Não é AQUELE terror

[Review: Lincoln Takeuti] Indika, o jogo da freira que vai mexer com sua cabeça

Quando se fala em terror, todo mundo pensa: ''nossa, vai aparecer a Sadako do Chamado!'' Calma, existem vários tipos de terror e um deles é o psicológico, na qual se encaixa com o jogo Indika. Apesar de ser um jogo de uma freira, ter uma ambientação vez ou outra sombria e contar uma história pesada, Indika não é necessariamente um terror. Ele tem sim aspectos de terror, mas também conta com suspense, drama e humor sarcástico, além do lance ser algo que pega no psicológico. Por isso eu disse no começo que é um game diferenciado, tem um clima que se destaca por ser incomum em jogos. Aliás, Indika é um jogo incomum se levar tudo em consideração.

Gráficos e performance

Joguei em um Xbox Series X e não tive incomodo em momento algum. Indika é um game bem bonito, não é nada de ''uau! isso é nova geração'' e sim um game equilibrado, que entrega gráficos bons + performance (30 FPS) que não compromete a gameplay. Como não se tem combate, você não sente tanto o fps, é um jogo que tem uma velocidade bem baixa de movimentação. O game me agradou bastante sobre gráficos de um modo geral, é bem detalhado e bem feito.

Trilha sonora

É comum e não tem muita coisa com relação a trilha sonora, mas uma coisa é fato: é algo que dá um tom diferente, as vezes você se sente em um suspense, já outras vezes parece algo mais de humor satírico, depende do momento.

Veredito

[Review: Lincoln Takeuti] Indika, o jogo da freira que vai mexer com sua cabeça

Em meio a tantos jogos mais do mesmo e saturados na indústria dos games, Indika surge como algo diferente, uma experiência que você pode até não gostar, mas eu tenho certeza absoluta que será uma experiência diferente pra você. Fazia tempo que eu não jogava algo tão bom e diferente, que é bizarro, macabro e misterioso ao mesmo tempo. O que mais me surpreende é que Indika não teve quase nada de marketing e entregou tudo na minha humilde opinião. Se você gosta de indies e temáticas religiosas com Freiras, esse jogo é Indikado pra você!

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Lincoln Takeuti
LincolnTakeuti
Brasileiro vivendo no Japão e criador de conteúdo de games, cinema e música.
Hellblade II: Uma viagem profunda pela mente de Senua

[Review: Rafael Bastos] Hellblade II: Uma viagem profunda pela mente de Senua

A jornada de Senua é marcada por momentos de intensa vulnerabilidade e força. A atuação de Melina Juergens é simplesmente fenomenal, transmitindo uma gama de emoções com uma profundidade raramente vista em videogames.

 Hellblade 2: Uma viagem profunda pela mente de Senua

Desde o momento em que os créditos rolam em Hellblade II, fica claro que não estamos diante de um jogo convencional. Desenvolvido pelo talentoso estúdio Ninja Theory e protagonizado pela extraordinária Melina Juergens, Hellblade II nos oferece uma experiência que transcende o simples ato de jogar. É uma jornada intensa pela mente de Senua, uma exploração profunda da psicose, e uma obra de arte interativa que nos permite sentir suas emoções e ver o mundo através de seus olhos.

Uma Imersão na Psicose

Hellblade II continua a saga de Senua, uma guerreira celta atormentada por vozes e visões, na luta contra sua própria mente. Desde o primeiro jogo, os desenvolvedores deixaram claro seu compromisso em representar a psicose de maneira autêntica e respeitosa. A colaboração com neurocientistas e pessoas que convivem com transtornos mentais garantiu que a experiência fosse imersiva e verdadeira. Em Hellblade II, essa imersão é aprofundada, fazendo com que os jogadores sintam na pele o que é viver com essa condição.

Os sons de vozes sussurrantes, os visuais distorcidos e os momentos de desorientação criam uma atmosfera única e perturbadora. Ao invés de serem apenas elementos de gameplay, esses aspectos são integrados à narrativa, fazendo com que a psicose de Senua seja tanto uma bênção quanto uma maldição. É através de seus olhos que navegamos por um mundo onde a realidade e a ilusão se misturam, criando uma experiência visceral que nos desafia a questionar o que é real.

Emocionalmente Impactante

A jornada de Senua é marcada por momentos de intensa vulnerabilidade e força. A atuação de Melina Juergens é simplesmente fenomenal, transmitindo uma gama de emoções com uma profundidade raramente vista em videogames. Cada expressão facial, cada inflexão na voz de Senua nos conecta ainda mais a ela, fazendo-nos sentir sua dor, seu medo e sua determinação.

A narrativa de Hellblade II é carregada de simbolismo e metáforas, explorando temas como a perda, o luto e a redenção. A luta interna de Senua é palpável, e seus triunfos e fracassos são sentidos com a mesma intensidade. O jogo nos força a confrontar nossos próprios demônios, refletindo sobre como lidamos com a adversidade e a dor.


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Uma Experiência Sensorial

Além do impacto emocional, Hellblade II oferece uma experiência sensorial extraordinária. Os gráficos deslumbrantes e os detalhes minuciosos do mundo do jogo criam um ambiente imersivo que nos prende desde o início. As paisagens são tanto belas quanto ameaçadoras, refletindo o estado mental de Senua.

A trilha sonora, composta por melodias melancólicas e sons tribais, complementa perfeitamente a atmosfera do jogo. O design de som é um dos melhores já vistos em um videogame, com o uso de áudio binaural que faz com que as vozes na cabeça de Senua pareçam estar ao nosso redor, sussurrando em nossos ouvidos e nos colocando no lugar da protagonista.

Agradecimentos a Ninja Theory e Melina Juergens

Não podemos falar de Hellblade II sem agradecer aos gênios por trás desta obra-prima. Ninja Theory demonstrou mais uma vez que é capaz de criar jogos que são verdadeiras obras de arte, combinando jogabilidade envolvente com narrativas profundas e significativas. A dedicação do estúdio em representar a psicose de maneira autêntica é louvável e estabeleceu um novo padrão para a indústria.

Melina Juergens, que inicialmente começou como editora de vídeo para o primeiro jogo, entregou uma das performances mais memoráveis na história dos videogames. Sua capacidade de trazer Senua à vida, de nos fazer sentir cada emoção, é uma conquista monumental que merece todos os elogios.

Conclusão

Hellblade II não é apenas um jogo; é uma jornada intensa e emocional pela mente de Senua. Vivemos sua psicose, sentimos suas emoções e vemos o mundo através de seus olhos. É uma experiência única que nos desafia, nos comove e nos faz refletir sobre a condição humana. Agradecemos à Ninja Theory e a Melina Juergens por nos proporcionar esta obra-prima, e aguardamos ansiosamente para ver o que o futuro reserva para Senua.

Para aqueles que ainda não embarcaram nesta jornada, Hellblade II é uma experiência imperdível. Não é apenas um jogo para ser jogado, mas uma história para ser vivida.

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Rafael Bastos
ORafaJoga
Um geek e entusiasta da tecnologia, apaixonado por games e cultura pop!