Ecos Lovecraftianos: ‘Alone in the Dark’ e o Nascimento do Horror Cósmico nos Games

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“Alone in the Dark” não apenas inaugurou o gênero survival horror, mas também estabeleceu novos paradigmas para a experiência de jogo e o medo. A confissão de Shinji Mikami em 2014 revelou a influência direta de “Alone in the Dark” em “Resident Evil”, mas as semelhanças vão além do design visual; elas permeiam a atmosfera, a jogabilidade e a narrativa.

A história começa com o suicídio de Jeremy Hartwood, um artista notável e proprietário da mansão Derceto, que é conhecida por ser assombrada por um poder maligno. O jogador assume o papel de Carnby, um investigador particular contratado para encontrar um piano no sótão, ou de Emily Hartwood, sobrinha de Jeremy, que busca entender o motivo do suicídio de seu tio. À medida que o jogador avança, eles exploram a mansão e descobrem sua história sombria.

“Alone in the Dark”
foi pioneiro ao combinar elementos de aventura com uma atmosfera de terror, criando uma experiência imersiva que ia além dos jogos de ação da época. A mansão Derceto, com seus corredores sombrios e segredos ocultos, tornou-se um personagem por si só, desafiando os jogadores a explorar e descobrir sua história macabra. O jogo introduziu controles de tanque e câmeras fixas que, embora desajeitados, contribuíram para a sensação de claustrofobia e tensão.

A influência de “Alone in the Dark” transcendeu o próprio jogo, moldando a cultura dos games e gerando subgêneros que refletiam as ansiedades sociopolíticas da época. O jogo capturou o medo lovecraftiano de forças desconhecidas e incontroláveis, uma metáfora para as incertezas de um mundo em constante mudança. Esse medo se manifestou em jogos subsequentes, como “Resident Evil” e “The House of the Dead”, que solidificaram o survival horror como um gênero distinto.

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“Alone in the Dark” foi o catalisador que trouxe o horror cósmico para o mainstream dos games. Antes dele, havia tentativas isoladas de explorar esses temas, mas foi a mansão Derceto que capturou a essência do subgênero. O jogo foi um sucesso de crítica e público, ganhando prêmios e estabelecendo novos padrões de design de jogos.

“Alone in the Dark” é mais do que um marco histórico; é um testemunho da capacidade dos games de evoluir e influenciar a cultura. Sua abordagem inovadora ao medo e à jogabilidade continua a inspirar desenvolvedores e jogadores, provando que os games são uma forma de arte capaz de explorar as profundezas da experiência humana.

 

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Vitor Virtuoso Mendes
FenryrFrost
Sou um nerd violinista, completamente apaixonado por games e contos de terror!