Helldivers 2: CEO da Arrowhead defende as microtransações e celebra o sucesso do jogo no Steam
Helldivers 2 é um dos jogos mais populares do momento, mas também um dos mais polêmicos. O motivo? As microtransações que permitem aos jogadores comprar itens cosméticos para personalizar seus personagens.
Para entender melhor a visão da desenvolvedora Arrowhead sobre esse assunto, conversamos com o CEO da empresa, Johan Pilestedt, que nos explicou como eles equilibraram as transações no jogo e qual é a filosofia por trás delas.
Segundo Pilestedt, Helldivers 2 não é um jogo que tenta explorar os jogadores com microtransações abusivas ou pay-to-win. Pelo contrário, ele diz que o jogo oferece muito conteúdo e diversão pelo preço que cobra, e que as microtransações são apenas uma forma de recompensar os fãs mais dedicados e apaixonados pelo jogo.
"Helldivers 2 é um jogo que tem muito valor pelo que oferece. Temos mais de 20 horas de campanha, modos cooperativos e competitivos, uma variedade enorme de armas, equipamentos e habilidades, e uma progressão de personagem que incentiva a experimentação e a personalização. Além disso, temos um sistema de eventos dinâmicos que muda o cenário do jogo a cada semana, trazendo novos desafios e recompensas", afirma Pilestedt.
"Portanto, nós não vemos as microtransações como uma forma de ganhar dinheiro extra em cima dos jogadores, mas sim como uma forma de oferecer mais opções para aqueles que querem apoiar o nosso trabalho e mostrar o seu amor pelo jogo. Nós não forçamos ninguém a comprar nada, nem damos vantagens injustas para quem compra. São apenas itens cosméticos que não afetam o gameplay de forma alguma", acrescenta.
Pilestedt diz que a Arrowhead segue um princípio de que os jogos "precisam ganhar o direito de monetizar", ou seja, precisam entregar uma experiência de qualidade e satisfatória para os jogadores antes de pedir mais dinheiro por ela. Ele diz que esse é o caso de Helldivers 2, que recebeu críticas positivas da mídia e dos jogadores, e que tem uma comunidade engajada e fiel.
"Nós nos preocupamos muito com os nossos jogadores e com a qualidade do nosso jogo. Nós não queremos decepcioná-los nem desrespeitá-los. Por isso, nós só colocamos microtransações em Helldivers 2 depois de termos certeza de que o jogo estava pronto e polido, e de que os jogadores estavam satisfeitos com ele. Nós não queremos vender um produto inacabado ou incompleto, nem cobrar por coisas que deveriam estar no jogo desde o início", explica Pilestedt.
Pilestedt também defende que as microtransações são uma forma de sustentar o desenvolvimento contínuo do jogo, que pretende receber atualizações regulares com novos conteúdos e melhorias. Ele diz que a Arrowhead tem uma equipe pequena, mas talentosa e dedicada, que precisa de recursos para manter o jogo vivo e interessante.
"Helldivers 2 é um jogo vivo, que vai evoluir com o tempo. Nós temos muitos planos para o futuro, como novas missões, mapas, inimigos, armas, equipamentos e habilidades. Mas para fazer isso acontecer, nós precisamos de apoio financeiro. As microtransações são uma forma de nos ajudar a financiar esses projetos e a manter o jogo atualizado e relevante", diz Pilestedt.
Pilestedt reconhece que as microtransações são um tema sensível na indústria dos jogos, e que muitos jogadores são contra elas por princípio. No entanto, ele pede compreensão e respeito pelos desenvolvedores que optam por usá-las de forma honesta e transparente.
"Nós entendemos que as microtransações podem gerar desconfiança e rejeição em alguns jogadores, especialmente em um jogo premium como Helldivers 2. Mas nós esperamos que eles entendam também o nosso lado, e vejam que nós não estamos fazendo isso por ganância ou má-fé. Nós estamos fazendo isso por amor ao jogo e aos jogadores, e por querer continuar criando conteúdo de qualidade para eles", conclui Pilestedt.
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