Elden Ring: Quando videogames se tornam sinônimo de qualidade

Jogos 'Souls-Like' desafiam com aprendizado intenso e mapas complexos. Elden Ring, apesar de falhas técnicas, destaca-se pela jogabilidade viciante e coragem na abordagem. Experimente, abrace o desafio.

Elden Ring: Quando videogames se tornam sinônimo de qualidade

Caro leitor, em algum momento de suas aventuras com videogames alguém deve ter mencionado, você deve ter esbarrado no assunto, simplesmente jogou algum ou se surpreendeu com o fato dele não pegar nas suas mãos e falar o que fazer e com 10 pontos diferentes de interesse no mapa.

De curva de aprendizado MUITO MAIOR, os famigerados “Souls – Like” e seus jogos pautados em superação, frieza e aprendizado são um sucesso. Hidetaka Miyazaki começou sua cruzada com King’s Field, jogo feito para o Playstation 1 e a partir de 2009 com Demons Souls e seu MAIOR EXPOENTE até então Dark Souls de 2011, arrebatou fãs pelo mundo todo. Eu só cai no papo do japonês sacana e sua turma de malucos da From Software em 2015 com Bloodborne. E desde então, tenho caído em todos os golpes de maestria que ele me da ano após ano.

TRÊS de suas obras me escaparam sendo elas: Demons Souls que joguei na versão remake da bluepoint em 2023 (IMPERDÍVEL, QUANDO SAIR PRA PC JOGUEM ESTA MARAVILHA) Sekiro e o tão falado Elden Ring. E caro leitor, este último eu me arrependi de não ter pego NO DIA DO LANÇAMENTO. É algo que gera polêmica nos dias atuais? SIM. Eu vou deixar de falar isso? NUNCA.

Primeiro que nos moldes de mundo aberto + gênero Souls é a primeira incursão da From Software. Logicamente seus jogos eram de escopo menor, sem mapas e mais no estilo semi-aberto o que foi estimulante pra mim. Nas primeiras 4 horas eu penei pra aceitar que deveria cair no mundão, experimentar novas áreas e ter paciência para aprender mais uma vez com Hidetaka Miyazaki e sua turma de malucos da From Software. E como fui recompensado: 98 horas depois, muitas mortes e vitórias maravilhosas como todas as outras obras desse gênio eu me rendi de fato ao GOTY de 2022, Elden Ring. Mais uma vez, a From quebra todos os paradigmas. Mais uma vez, estou sem palavras.

Elden Ring é o ponto fora da curva. Apesar do design de níveis belíssimo, sua direção de arte fenomenal e GAMEPLAY VICIANTE o jogo carece de muitos problemas que o impediriam de ganhar sua atenção e de qualquer gamer se não fosse o calibre desse time e desse gênio: Framerates inconstantes, engine datada cheia de pop ins e movimentos já vistos de outros jogos, alguns bugs de colisão pelo cenário tornariam a experiência uma serenata de críticas.

Mas, eis o ponto do meu artigo: o que salvam videogames são sempre seu maior fator que são a GAMEPLAY e CAPRICHO com suas mecânicas. NADA É PERFEITO e já vimos casos de belas obras como The Order 1886 que apesar de potencial altíssimo com uma história profunda e belíssimos gráficos, falham em tudo que Elden Ring acerta: Ser Videogame. Gameplay a todo o momento, foco no jogador e na sua incursão, mapas que não pegam na sua mão pra te guiar e apostar tudo na SUA CURIOSIDADE e SUA DETERMINAÇÃO.

Eu sei que jogos da From Software sofrem em conquistar o público mais casual, MAS, caso esteja lendo isso, peço que tente apenas um. Tal qual qualquer obra que à primeira vista não tenha atraído você, abrace o caos que esses GÊNIOS PROPÕEM a todos nós.

E quem sabe, não nos esbarremos por ai como Morto Vivo?...Caçador de Yharnam? Maculado?

Jogue Elden Ring e tudo que esse cara e a equipe dele resolver fazer. Me agradeçam depois.

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Bruno Castelar
PSN: Sr-SuaMae

Fã de videogames. Joga no Playstation mas cresceu jogando em todas as plataformas possíveis. Indies são tão bons quanto AAA, Resident Evil 4 Remake é meu GOTY pessoal de 2023. Jogo de tudo um pouco a exceção RPG's de turno.