Samsung sabotando o futuro dos aplicativos? Epic Games expõe nova barreira aos concorrentes!
21 passos para a falência de apps? Epic acusa Samsung de criar barreiras impossíveis!
A Epic Games está novamente em uma batalha judicial contra o Google, mas desta vez há um novo alvo: a Samsung. Quatro anos após processar o Google por manter um monopólio ilegal de lojas de aplicativos — e ter vencido a ação em dezembro passado — a Epic entrou com mais um processo antitruste, acusando tanto o Google quanto a Samsung de conspirarem para sufocar a concorrência de lojas de aplicativos de terceiros.
O ponto central da nova disputa é o recurso "Auto Blocker", presente nos novos smartphones Samsung, que bloqueia automaticamente a instalação de aplicativos de fontes não "autorizadas", ou seja, de fora das lojas do Google e da própria Samsung. A Epic alega que não há um processo claro ou acessível para que outras lojas se tornem "autorizadas", e isso está minando a possibilidade de concorrência no mercado de aplicativos.
Esse movimento por parte da Samsung, segundo a Epic, ocorreu apenas um mês antes do lançamento da Epic Games Store para dispositivos Android e iPhones na União Europeia, onde a legislação de mercados digitais da UE obrigou a Apple a permitir lojas de aplicativos alternativas. A Epic argumenta que a Samsung intencionalmente reforçou o Auto Blocker antes desse lançamento, tornando ainda mais difícil para novos usuários baixarem aplicativos de terceiros em seus dispositivos.
A queixa da Epic se concentra no fato de que agora são necessários "21 passos" para desativar o Auto Blocker e permitir a instalação de uma loja de aplicativos de terceiros, um processo longo e complicado que, de acordo com a Epic, desestimula a maioria dos usuários. Embora a própria Epic reconheça que desligar o bloqueador exige apenas quatro passos, ela destaca que o sistema criado pela Samsung é confuso e pouco transparente. Usuários que tentam desativar o Auto Blocker não recebem instruções claras e são bombardeados com mensagens de alerta que sugerem riscos à segurança do dispositivo.
Tim Sweeney, CEO da Epic, é enfático em sua crítica. Ele afirma que a Samsung e o Google estão conspirando para manter o controle sobre o ecossistema de aplicativos e impedir que lojas alternativas, como a Epic Games Store, ganhem tração no mercado. Segundo ele, o argumento de que o Auto Blocker protege contra malware é falso, já que o recurso não realiza avaliações de segurança antes de bloquear um aplicativo. Para Sweeney, o verdadeiro objetivo do Auto Blocker é simples: eliminar a concorrência.
Apesar das alegações graves, Sweeney admite que ainda não tem provas concretas de uma conspiração entre as duas gigantes, esperando que essas evidências surjam durante o processo de descoberta judicial. Ele também revelou que a Epic tentou resolver o impasse diretamente com a Samsung, sugerindo que o Auto Blocker fosse desativado por padrão ou que fosse criado um processo justo para que aplicativos legítimos fossem autorizados automaticamente. No entanto, sem acordo, a Epic decidiu seguir com o processo legal.
A Samsung ainda não respondeu às acusações, mas a empresa destaca que o Auto Blocker pode ser desativado durante a configuração inicial do dispositivo, o que, segundo ela, garante transparência no uso do recurso.
Embora o impacto do Auto Blocker sobre a Epic Games Store ainda não seja totalmente claro — apenas dois novos modelos de celulares Samsung foram lançados desde que o recurso foi ativado por padrão — Sweeney acredita que o bloqueio prejudica as lojas de aplicativos de terceiros. Ele argumenta que barreiras similares no passado, como a exigência de habilitar "Fontes Desconhecidas" no Android, resultaram na desistência de metade dos usuários durante o processo de instalação de aplicativos.
A Epic está buscando um julgamento com júri e posicionando o novo processo como uma forma de impedir que o Google e a Samsung continuem buscando estratégias para dificultar o acesso a aplicativos concorrentes. A decisão final do caso anterior, Epic vs. Google, ainda é aguardada, e o resultado pode influenciar diretamente o andamento deste novo processo. Sweeney espera que a decisão do juiz possa forçar a Google Play Store a incluir lojas de aplicativos como a Epic Games Store dentro de seu próprio ecossistema, tornando o Auto Blocker menos relevante no futuro.
Enquanto isso, a Epic mantém sua vigilância sobre outras empresas que podem adotar práticas semelhantes, com Sweeney afirmando que a empresa está "monitorando de perto" qualquer tentativa de criar barreiras para aplicativos concorrentes. Até agora, ele afirma, apenas a Samsung tomou essa direção, e a Epic espera que isso não se espalhe para outros fabricantes de dispositivos móveis.
epicvgooglesamsungcomplaint.pdf
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Vitor Virtuoso Mendes
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