ESA contra a história: O impasse na preservação de jogos antigos

A luta dos pesquisadores contra as barreiras da ESA

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A preservação de videogames é uma questão crítica para pesquisadores e historiadores, que buscam manter vivas as memórias e a cultura dos jogos mais antigos. No entanto, a Entertainment Software Association (ESA) tem resistido a facilitar o acesso a esses jogos fora de catálogo. Os pesquisadores propuseram uma isenção à lei de direitos autorais para permitir a transferência de jogos antigos para arquivos online, mas a ESA se opôs, temendo a violação de direitos autorais e o abuso potencial das bibliotecas digitais.

Durante uma audiência com o Escritório de Direitos Autorais dos EUA, Steve Englund, advogado da ESA, expressou preocupações de que nenhuma restrição seria suficiente para proteger os jogos contra o uso não autorizado. A legislação atual proíbe contornar medidas de controle de direitos autorais, como DRM, mesmo para fins de preservação, colocando pesquisadores na mesma categoria que piratas de jogos aos olhos da lei.

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Embora isenções anteriores tenham permitido acesso limitado a cópias de jogos não mais disponíveis no mercado, elas restringem a pesquisa a instalações físicas específicas, criando barreiras financeiras e logísticas significativas para os pesquisadores. Laine Nooney, professora da Universidade de Nova York, e Kendra Albert, advogada de tecnologia, destacaram na audiência que tais restrições não se aplicam a outros campos acadêmicos, onde materiais como livros e filmes são mais acessíveis online.

A nova isenção proposta visa remover essas barreiras, permitindo o acesso remoto a materiais preservados. No entanto, Englund argumenta que isso poderia levar à criação de um “fliperama online”, algo que a ESA deseja evitar. Ele sustenta que os controles das instituições de pesquisa não seriam suficientes para prevenir o uso recreativo não autorizado das bibliotecas de videogames.

Os defensores da preservação argumentam que há pouco interesse público em jogar a maioria dos jogos antigos e que as bibliotecas são capazes de controlar suas coleções. A Video Game History Foundation, representada por Phil Salvador, destacou um estudo que mostra que 87% dos videogames publicados antes de 2010 não estão mais disponíveis comercialmente, e para jogos anteriores a 1985, esse número é de apenas três por cento. Esses jogos representam um período formativo para o meio, tornando-os especialmente valiosos para a pesquisa.

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A oposição da ESA não significa o fim da preservação de videogames. Os pesquisadores continuam a buscar maneiras de avançar sem o apoio da ESA, enfatizando a importância de preservar a história dos videogames para as gerações futuras. A batalha pela preservação dos videogames é um reflexo do conflito entre proteger os direitos autorais e manter acessível o patrimônio cultural dos jogos.


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Vitor Virtuoso Mendes
FenryrFrost
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