Disney acusada de usar tecnologia de captura de movimento sem licença

A captura de movimento dos ‘Vingadores’ sob fogo cruzado

Wal

Em um cenário onde a inovação tecnológica e a propriedade intelectual colidem com o mundo do entretenimento, a disputa legal entre a Rearden LLC e a Walt Disney Company destaca as complexidades da lei de patentes e direitos autorais. A controvérsia gira em torno da tecnologia de captura de movimento facial, uma ferramenta essencial na criação de personagens digitais realistas em filmes de grande orçamento como a série “Vingadores”.

A Rearden LLC, uma empresa de tecnologia de São Francisco, acusa a Disney de utilizar sua tecnologia MOVA Contour de captura de movimento facial sem autorização. Esta tecnologia, que captura as sutilezas das expressões faciais dos atores para animação digital, teria sido empregada na criação de personagens icônicos como Thanos nos filmes da Marvel.

O juiz Jon Tigar manteve a alegação de violação de patente da Rearden, permitindo que o caso avance com base nas evidências apresentadas. A Rearden argumenta que a Disney, ao contratar a DD3, que empregava Greg LaSalle, um ex-funcionário da Rearden, obteve acesso indevido à tecnologia MOVA. LaSalle é acusado de vender ilegalmente a tecnologia para uma empresa chinesa antes de se juntar à DD3.

Embora o juiz Tigar tenha rejeitado as alegações de violação de direitos autorais vicária e contributiva por falta de provas, ele deixou aberta a possibilidade de a Rearden emendar sua alegação. A empresa alega que a Disney é secundariamente responsável pela violação de direitos autorais, pois a DD3 teria utilizado arquivos de software MOVA em seu trabalho de animação pós-captura.

Este caso ilustra os desafios enfrentados pelas empresas de tecnologia e entretenimento na proteção de suas inovações em um ambiente cada vez mais digital e interconectado. A decisão final poderá ter implicações significativas para a indústria cinematográfica, especialmente no que diz respeito ao uso de tecnologias de captura de movimento e aos direitos associados a essas inovações.

Independentemente do resultado, a disputa entre a Rearden e a Disney destaca a importância da captura de movimento facial na criação de efeitos visuais convincentes. À medida que a tecnologia avança, é provável que surjam mais questões legais semelhantes, desafiando os limites da lei de propriedade intelectual e moldando o futuro da animação digital.

A indústria do entretenimento aguarda ansiosamente o desenrolar deste caso, que não só determinará o destino da tecnologia MOVA Contour, mas também definirá precedentes para a proteção de propriedade intelectual em um mundo onde a arte e a tecnologia estão cada vez mais entrelaçadas.

 

 

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Vitor Virtuoso Mendes
FenryrFrost
Sou um nerd violinista, completamente apaixonado por games e contos de terror!