Coyote vs Acme: O filme que pode mudar as regras do jogo em Hollywood
O filme Coyote vs Acme, que prometia ser uma comédia de ação estrelada pelo famoso personagem dos Looney Tunes, foi cancelado pela Warner Bros. Discovery. A decisão surpreendeu muitos fãs e profissionais envolvidos no projeto, que já estava em desenvolvimento há anos. Mas o que levou o estúdio a descartar o filme, que tinha potencial para ser um sucesso de bilheteria?
Segundo fontes internas, o motivo do cancelamento foi puramente financeiro. A Warner Bros. Discovery não conseguiu fechar um acordo com nenhuma das plataformas de streaming que se interessaram pelo filme, como a Amazon, a Netflix e a Paramount. O estúdio teria pedido um valor muito alto pelo direito de distribuição do filme, que custou cerca de 200 milhões de dólares para ser produzido.
Além disso, o cancelamento do filme teria sido uma forma de obter créditos fiscais, que são benefícios concedidos pelo governo para incentivar a produção de obras audiovisuais. Ao cancelar o filme, o estúdio poderia deduzir as despesas com o projeto do imposto de renda, reduzindo assim o seu lucro tributável.
No entanto, essa prática vem sendo questionada por autoridades dos Estados Unidos, que consideram que ela prejudica a concorrência, os trabalhadores e os consumidores do mercado cinematográfico. Em uma recente publicação nas redes sociais, um representante dos EUA afirmou que o governo poderia começar a interferir em situações do tipo.
Joaquín Castro, que representa o 20º Distrito do Texas desde 2013, disse o seguinte em sua conta oficial no Twitter:
“Falei (e escrevi) ao DOJ (Departamento de Justiça) e à FTC (Federal Trade Commission) sobre esta tendência perturbadora e crescente na indústria do entretenimento. É anticompetitiva, anti-trabalhista e predatória. Os reguladores devem rever o uso desta tática por uma empresa ao avaliar se devem processar para bloquear futuras fusões“.
Castro se referia à fusão entre a WarnerMedia e a Discovery, que foi anunciada em maio de 2021 e que criou a Warner Bros. Discovery, uma gigante do entretenimento que reúne marcas como HBO, CNN, DC Comics e Discovery Channel. A fusão ainda está sujeita à aprovação dos órgãos reguladores dos EUA e de outros países.
O cancelamento de Coyote vs Acme pode ser visto como um exemplo de como a fusão pode afetar negativamente a diversidade e a qualidade dos conteúdos produzidos pelo estúdio. Muitos fãs e críticos lamentaram a perda de uma oportunidade de ver o icônico personagem dos Looney Tunes em uma aventura inédita nas telonas.
O filme seria dirigido por Dave Green (As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras) e teria roteiro de James Gunn (Guardiões da Galáxia) e Jeremy Slater (The Umbrella Academy). O elenco contaria com vozes de Paul Giamatti (Sideways), John Cena (Velozes e Furiosos 9) e Rosario Dawson (Demolidor).
A trama giraria em torno do processo judicial movido pelo Coiote contra a Acme Corporation, a empresa responsável pelos produtos defeituosos que ele usava para tentar capturar o Papa-Léguas. O filme misturaria animação e live-action, seguindo o estilo de Space Jam e Uma Cilada para Roger Rabbit.
Infelizmente, parece que nunca veremos esse filme nas telas. A menos que algum outro estúdio ou plataforma se interesse pelo projeto e consiga negociar com a Warner Bros. Discovery. Mas isso é pouco provável, considerando os altos custos e as possíveis implicações legais envolvidas.
Enquanto isso, os fãs do Coiote podem se contentar com as reprises dos desenhos clássicos ou com as novas animações dos Looney Tunes, disponíveis no HBO Max. E torcer para que o governo dos EUA tome alguma providência para evitar que mais filmes sejam cancelados por motivos puramente econômicos.
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