A obsessão virtual ganha forma em eXistenZ de Cronenberg
Descubra o futuro dos jogos na obra profética de Cronenberg: eXistenZ
David Cronenberg sempre foi conhecido por suas visões únicas e muitas vezes perturbadoras do futuro, e seu filme eXistenZ não é exceção. Lançado em um momento em que a cultura dos jogos estava começando a se firmar no mainstream, eXistenZ oferece uma visão sombria e viscosa do que poderia ser o futuro dos jogos de realidade virtual.
No filme, Allegra Geller, interpretada por Jennifer Jason Leigh, é uma designer de jogos renomada que está prestes a lançar sua mais nova criação, eXistenZ, para um grupo de testadores entusiasmados. No entanto, um atentado contra sua vida a força a fugir com a ajuda de Ted Pikul, um novato em marketing interpretado por Jude Law. Juntos, eles mergulham no mundo de eXistenZ, onde a linha entre realidade e jogo se torna cada vez mais turva.
Cronenberg cria um universo onde a biotecnologia se funde com o digital, resultando em consoles de jogos orgânicos que se conectam diretamente ao corpo humano. Essa conexão íntima entre jogador e jogo é tanto literal quanto metafórica, sugerindo uma dependência visceral que reflete as preocupações contemporâneas sobre a relação entre humanos e tecnologia.
A narrativa de eXistenZ se desenrola em um ritmo frenético, com os personagens lutando para discernir o que é real e o que faz parte do jogo. A ambiguidade entre esses mundos é um dos pontos fortes do filme, oferecendo uma crítica à nossa própria realidade, onde muitas vezes nos perdemos em mundos virtuais.
Embora o filme possa não ter previsto com precisão o futuro dos jogos, ele captura a essência da obsessão cultural com a realidade virtual e a constante busca por experiências mais imersivas e pessoais. eXistenZ é um lembrete de que, enquanto nos esforçamos para criar mundos digitais cada vez mais complexos, devemos estar atentos às consequências que essas criações podem ter sobre nossa percepção da realidade.
Em última análise, eXistenZ é um filme que desafia os espectadores a questionar não apenas o que veem na tela, mas também a própria natureza da realidade. É uma obra que permanece relevante, especialmente em uma era onde a distinção entre o real e o virtual continua a se desfazer.
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Vitor Virtuoso Mendes
FenryrFrost